http://m.brasilescola.uol.com.br/geografia/aquecimento-global.htm
http://www.icmbio.gov.br/portal/ultimas-noticias/20-geral/889-diferenca-entre-apa-e-app-nao-e-clara-para-todos-diz-artigo
http://www.culturaambientalnasescolas.com.br/institucional/site/educacao-ambiental
http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental/politica-de-educacao-ambiental
Visando a construção de uma geografia contextualizada, em busca de disseminar conhecimento. Abordando todas as maneiras de estudar a Geografia!
sábado, 20 de agosto de 2016
quinta-feira, 31 de março de 2016
Dilma e Temer. A briga nos bastidores.
Dilma e Temer oferecem pastas ao PP
Partido é a 3ª maior bancada da Câmara após janela para troca de partidos e soma 49 votos

Após desembarque do PMDB, Dilma e Temer disputam apoio do PP
Montagem/Agência Brasil
O alvo principal é o PP, que se tornou a terceira maior bancada da Câmara durante a janela para troca de partidos dos deputados e hoje soma 49 votos.
A legenda ocupa hoje a pasta da Integração Nacional. Segundo um integrante da sigla que representa o PP nas negociações com o Planalto, outros dois ministérios serão definidos até sexta-feira, além da presidência da Caixa Econômica Federal, hoje sob comando do PT.
Já interlocutores de Temer ofereceram à legenda, em um eventual governo do atual vice-presidente, o Ministério das Cidades - que já foi do PP e hoje está com o PSD, além da manutenção da Integração.
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Diante do assédio de Dilma e de Temer, o PP reúne-se nesta quarta-feira, 30, para tratar do apoio ao Planalto. Mas a tendência é de que não decida nada. O presidente nacional da sigla, senador Ciro Nogueira (PI), tem pedido cautela ao grupo que defende o rompimento com o governo. Na comissão do impeachment, 2 dos 5 representantes do PP já se manifestaram favoravelmente ao impedimento de Dilma.
Nos bastidores, integrantes do partido comentam que há várias demandas de cargos nos Estados que não foram atendidas pelo Planalto e ponderam que ainda não é possível apostar todas as fichas em um eventual governo Temer.
Os parlamentares temem que a gestão do vice seja encurtada pela cassação da chapa que venceu a disputa de 2014 pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Além disso, apontam o risco de a Operação Lava Jato chegar a Temer. Assim como PT e PMDB, o PP é um dos partidos que têm maior número de investigados pelo esquema de corrupção na Petrobras.
Bloco
O Planalto pediu que os partidos cortejados esperem até sexta-feira para tomar uma decisão definitiva sobre o desembarque. O governo quer articular a composição de um bloco que teria, além do PP, PR (40 deputados), PSD (31) e PRB (22), que recentemente anunciou sua saída da base governista, mas poderia retornar. Juntos, esses partidos têm 142 votos e formariam o maior bloco da Casa. Somados ao PT, garantiriam 200 votos a favor do governo, 28 a mais que o necessário para barrar o impeachment.
Representantes de PP, PR e PSD estiveram ontem no Planalto e evitaram apontar decisões definitivas. "O partido defende a manutenção no governo. A bancada está dividida", disse o presidente do PSD, Guilherme Campos. "Os deputados têm demandas que se arrastam desde o ano passado." Estima-se que mais de 80% da bancada do PSD hoje é favorável ao impeachment.
O governo tem conversado também com nanicos como PTN (13 deputados), PHS (7), PROS (5), PT do B (3), PSL (2) e PEN (2), que somam 32 votos.
Fonte: http://noticias.r7.com/brasil/dilma-e-temer-oferecem-pastas-ao-pp-30032016
História do ensino em Maranguape
Muito tempo depois, já no Período Republicano, é instalada a
primeira escola, em prédio apropriado de acordo com os padrões do ensino
contemporâneo. As escolas urbanas de Maranguape foram todas reunidas no que se
chamou de Grupo Escolar Benjamim Barroso, em homenagem ao Presidente do Estado
da época e foi inaugurado a 21 de julho de 1916. Funcionou no sobrado das
Correias, na Praça da Matriz, tendo como primeira diretora Dona Cândida Vieira
Cavalcante e como professora Alice Chaves, Maria Leonese de Sousa Brasil,
Isabel Amélia Pereira, Lídia de Pontes Vieira e Emília Vieira.
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Solar dos Correias, onde funcionou o Grupo Escolar Benjamim Barroso. |
Em 1933, a escola mudou de nome, passando a chamar-se Grupo
Escolar Capistrano de Abreu. Nos anos 30, 40 e meados do século passado, ali
marcaram época as mulheres da família Pontes Vieira, todas professoras: Emília,
Cândida e Áurea, além das parentas, Ana Vieira, e Juvenília Vieira Mavignier de
Oliveira, e também Francisca (Chiquinha) Assunção e Dona Naninha (Ana de
Oliveira Cabral), esta, uma figura histórica do magistério maranguapense, pois,
filha do Icó, chegou a esta cidade em 1905 e aqui viveu até a idade de 86 anos,
ensinado gerações.
Também destacaram-se as irmãs Raimundinha e Anita Mota; Zélia,
Belalinda e Maria da Glória Filgueiras Bastos; e Maria Ferreira. Da família
Nunes, Edith Nunes Costa, fundadora do colégio São José, e suas irmãs Isa
Nunes, Suzete Nunes Cavalcante e Maria Nunes Costa esta última, a primeira
professora de Everardo Ferreira Telles, da Ypióca.
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Professora Cândida de Pontes Vieira (Candinha). 1843-1950. Créditos: mauxhomepage |
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Professora Edith Nunes Costa, fundadora do Colégio São José. 1914-1998. Créditos: Blog Guardiões da História |
Ficaram na história da educação de Maranguape o professor
Osório Uchoa Soares Campos, que prestou inestimáveis serviços à educação
maranguapense, fundador do Ginásio Anchieta, a primeira escola de ensino médio
do município, dona Cristeta (a primeira professora do escritor Gilson
Nascimento, constantemente lembrada em seus livros), dona Mariquinha,
professora do Elano de Paula e do Chico Anysio, padre Raimundo Pinto de Albuquerque
e as Irmãs de Nossa Senhora do Amparo, a congregação religiosa que dirigia o
Instituto Santa Rita, instituição que marcou época pela excelência do nível e
pela formação de um quadro de professoras de grande quilate.
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Desfile dos alunos do Instituto Santa Rita nos anos 60. Créditos: Sueli Kair |
Salaberga Torquato Gomes de Matos, nascida em 1909, foi professora e diretora do Grupo Escolar Capistrano de Abreu durante décadas. A entrevistamos em 2006. Lúcida, na avançada idade de 98 anos, falou sobre os costumes de Maranguape a partir dos anos 30 do século passado.
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Salaberga Torquato Gomes de Matos. 1909-2008. Reprodução do livro Traços de uma educadora escrito por sua filha Ofélia Maria Gomes de Matos. |
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Grupo Escolar Capistrano de Abreu - Maranguape - CE. 1951. Créditos: IBGE |
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Grupo Escolar Capistrano de Abreu. Fevereiro - 2013. |
Árduo era o ofício de ensinar. No primeiro distrito para que foi nomeada, a escola não tinha casa e as aulas eram ministradas debaixo de uma árvore, cada aluno trazendo um caixote ou um tamborete para sentar. Afirma, entretanto, que jamais fez uso da palmatória, instrumento de castigo da escola antiga que foi condenado pela reforma do ensino no Ceará, conduzida pelo educador Lourenço Filho, em 1922, mas que continuou a ser empregado pela teimosa severidade de alguns velhos mestres.
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Salaberga Torquato Gomes de Matos aos 90 anos. 1909-2008. Reprodução do livro Traços de uma educadora escrito por sua filha Ofélia Maria Gomes de Matos. |
Dona Salaberga é outro exemplo perfeito da educadora
vocacionada, reconhecida oficialmente pelo Estado do Ceará, que, pelas mãos do
próprio Governador Lúcio Alcântara, a condecorou com uma medalha de mérito.
Em 2014, foi inaugurada a Escola Estadual Profissionalizante Salaberga Torquato Gomes de Matos, homenagem justa aos mais de 40 anos de trabalhos prestados à sua terra natal.
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EEEP Salaberga Torquato Gomes de Matos, recém inaugurada. Fevereiro - 2015. Foto: Pedro Feitoza |
http://maranguapefotos.blogspot.com.br/2015/07/historia-do-ensino-em-maranguape.html
Entenda como funciona uma Câmara Municipal
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Fonte: Diário do nordeste |
São funções dos vereadores elaborar leis para a cidade, fiscalizar o trabalho do poder executivo (Prefeitura) e sugerir ações visando melhorias para a população. Atualmente, o número de vereadores de uma Câmara Municipal é determinado através do número da população do município.
Está estabelecido, de acordo com uma emenda constitucional de 2009, que o número mínimo de vereadores é 9 (para municípios com até quinze mil habitantes) e o número máximo é 55 (para municípios com mais de oito milhões de habitantes).
O período que um vereador trabalha na Câmara Municipal de sua cidade, quatro anos, é chamado de Legislatura.
Como surgem as Leis?
O primeiro passo para uma boa idéia se tornar uma Lei é dar entrada na Câmara Municipal. Esse protocolo recebe um número que permitirá o acompanhamento do projeto durante toda a tramitação pela Câmara.
Depois disso acontece uma leitura no Plenário, para que todos os vereadores entendam a idéia do projeto. Logo após essa primeira fase, o projeto é publicado no Diário Oficial do Município. Vale dizer que nesse Diário Oficial saem todos os projetos aprovados, as novas Leis e os projetos vetados.
Dependendo do teor do projeto, ele passa por debates em audiências públicas, para que as pessoas possam dar suas opiniões e debater a melhor maneira de fazer a lei com os vereadores.
Após ser publicado no Diário Oficial o projeto volta para o Presidente da Câmara, que define por quais comissões de mérito esse projeto precisa passar para avaliar se é viável sua execução ou não.
São sete as comissões de mérito: Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa (é a única comissão que consegue barrar o projeto nessa fase de discussão), Comissão de Saúde, Promoção Social e Trabalho, Comissão de Administração Pública, Comissão de Educação, Cultura e Esportes, Comissão de Trânsito, Transporte e Atividades Econômicas e a Comissão de Finanças e Orçamento.
É importante dizer que o projeto não precisa passar por todas as comissões da Câmara, apenas por aquelas que tenham a ver com o projeto. As duas únicas comissões que os projetos passam obrigatoriamente são a de Constituição, Justiça e Legislação Participativa e a de Finanças e Orçamento.
Depois de aprovado nas comissões de mérito, o projeto vai a plenário. Nessa fase de discussão ele entra na pauta do dia e pode ser votado de acordo com a fila de projetos que se encontra na frente dele.
Nesse ponto ele passa pela primeira discussão, em que os vereadores podem sugerir mudanças como emendas ou substitutivos para modificar o texto original do projeto. Quando todos chegarem a um acordo ele é colocado para votação. Se aprovado ele passa de novo por esse processo, de segunda discussão e segunda votação. Caso ele seja vetado em primeira e em segunda votação, o projeto é arquivado.
Após a aprovação em segunda votação ele passa a sanção do prefeito. Ou seja, o prefeito decide se esse projeto vai virar lei ou não. Caso o prefeito sancione o projeto, ele é publicado no Diário Oficial do Município já como lei.
Caso o prefeito vete esse projeto, ele volta para a mesa do presidente da Câmara e os vereadores tem a opção de votar para derrubar o veto do prefeito. Caso a maioria vote para isso, o projeto é assinado pelo presidente da casa e este vira lei e é publicado no Diário Oficial do Município.
Autor: Daniel Silva de Albuquerque
fonte: http://brasil.thebeehive.org/content/2096/5000
Entenda como funciona o Congresso Nacional
O Parlamento é onde os representantes eleitos pelo povos se reúnem. O parlamento é composto por duas casas: Câmara dos Deputados e o Senado. Ambas têm funções de fazer leis e fiscalizar as atividades do Poder Executivo. Ou seja, ficar de olho no presidente da república, no vice-presidente e nos ministros de Estado.
Nenhuma casa é mais importante que a outra, pois têm funções diferentes. Os deputados representam o povo que os elegeu. Já o senado representa os Estados brasileiros. Entenda um pouco mais de cada casa:
Deputados Federais
A Câmara dos Deputados propõe e vota projetos de lei, emendas da constituição e outras medidas. Atualmente há 513 deputados federais trabalhando em Brasília. A quantidade de deputados é proporcional a quantidade de eleitores de cada estado. Enquanto em São Paulo são eleitos 70 deputados, no Amapá são apenas oito. As eleições para novos deputados ocorrem de quatro em quatro anos.

O Senado representa os Estados da União. Cada unidade federativa (Estados e Distrito Federal) elege três senadores para um mandato de oito anos. O número de senadores é igual para todos os estados, independentemente do número de eleitores. Isso garante que tanto estados maiores quanto menores terão a mesma voz no senado.

Uma Emenda Constitucional só pode ser aprovada, em qualquer uma das casas, quando houver pelo menos três quintos dos votos favoráveis, em dois turnos de votação.
Fonte: Assessoria de Comunicação do SindMetal-GO
Entenda como funciona a Câmara dos Deputados
Entenda como funciona a Câmara dos Deputados
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Foto: Câmara dos deputados |
Os deputados federais do nosso país trabalham no chamado Congresso Nacional durante seus mandatos de quatro anos. São eleitos juntamente com o Presidente da República, os governadores e os deputados estaduais. Os deputados podem concorrer e se reeleger quantas vezes quiserem, já que não existe limite de reeleições.
Esse período de mandato dos deputados é chamado de legislatura. Os deputados exercem as funções atribuídas pela Constituição Federal.
Cada legislatura é dividida em sessões legislativas (cada uma dessas sessões tem duração de um ano) e tem início no dia 2 de fevereiro e é interrompida no dia 17 de julho. No segundo semestre as atividades voltam dia 1º de agosto e é encerrada no dia 22 de dezembro.
A Câmara dos Deputados é composta por 513 deputados federais. Esse número é dividido de uma maneira proporcional entre os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. As contas são baseadas em dados populacionais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Contudo existe um número mínimo de oito deputados a ser respeitado e o número máximo é de 70 para cada unidade da federação. A fórmula que faz essa conta apresenta algumas distorções que faz com que os Estados com menos população tenham, proporcionalmente, mais representatividade em relação aos estados mais populosos. Roraima é um bom exemplo disso, esse estado tem o menor número de habitantes e é representado por oito deputados, se dividirmos o número de pessoas no estado pelo número de deputados, veremos que a proporção fica de um deputado a cada 49 mil habitantes.
Quais são as funções de um deputado federal?
As funções dos deputados federais podem ser divididas em duas grandes atribuições: legislar sobre assuntos de interesse nacional e fiscalizar a aplicação do dinheiro público arrecadado.
É função da Câmara dos Deputados, por exemplo, discutir a alteração de leis trabalhistas. De uma maneira geral, a Câmara precisa trabalhar em conjunto com o Senado para que este vote e encaminhe a solicitação ao Presidente da República para aprovar ou vetar uma lei ou alteração.
Quando falamos da função de fiscalizador, a Câmara também trabalha com o Senado e com o Tribunal de Contas da União (TCU), para controlar as contas públicas. Para fazer esse tipo de controle os deputados normalmente convocam autoridades do governo ou órgãos vinculados ao poder público para prestar contas e esclarecimentos.
Uma terceira e exclusiva função da Câmara dos Deputados é colocar em discussão o pedido de impeachment (cassação de mandato) do Presidente da República. Em toda nossa história isso só aconteceu uma vez, no governo de Fernando Collor de Mello.
Como é organizada a Câmara dos Deputados?
Como todo órgão público a Câmara dos Deputados respeitam uma hierarquia, o comando da Câmara é feito pela Mesa Diretora, que é composta por sete deputados eleitos entre todos os membros da Casa. É obrigação da Mesa Diretora dirigir os trabalhos legislativos e os serviços administrativos da Casa.
O mandato dos membros da Mesa é de dois anos e não é possível ter nenhuma reeleição. Outra função da Mesa Diretora é a de promulgar junto a Mesa do Senado Federal emendas à Constituição Federal.
O presidente da Mesa Diretora responde em nome da Casa tanto em questões internas quanto em problemas externos, é ele o representante da câmara dos deputados.
Sua principal função é definir os assuntos que serão levados à pauta do plenário. O presidente da Câmara é a terceira autoridade em sucessão presidencial do país, ficando atrás do Presidente e do vice. A secretaria-geral por sua vez assessora a Mesa nos trabalhos legislativos diários, tendo como principal função acompanhar e assessorar as sessões plenárias.
A cada nova eleição, a divisão da Câmara muda em relação aos blocos parlamentares, conforme entram deputados de outros partidos, a Câmara pode ser mais ou menos favorável ao governo federal.
No jogo político que acontece dentro da Câmara, o governo precisa muitas vezes ceder a alguns projetos de interesse da minoria ou fazer acordos para ter suas principais necessidades aprovadas.
E por último, existe dentro da Câmara o Colégio de Líderes, órgão formado por todas as lideranças partidárias da Casa, que tem como objetivo viabilizar a conciliação entre os interesses no caso de impasses.
Os deputados federais do nosso país trabalham no chamado Congresso Nacional durante seus mandatos de quatro anos. São eleitos juntamente com o Presidente da República, os governadores e os deputados estaduais. Os deputados podem concorrer e se reeleger quantas vezes quiserem, já que não existe limite de reeleições.
Esse período de mandato dos deputados é chamado de legislatura. Os deputados exercem as funções atribuídas pela Constituição Federal.
Cada legislatura é dividida em sessões legislativas (cada uma dessas sessões tem duração de um ano) e tem início no dia 2 de fevereiro e é interrompida no dia 17 de julho. No segundo semestre as atividades voltam dia 1º de agosto e é encerrada no dia 22 de dezembro.
A Câmara dos Deputados é composta por 513 deputados federais. Esse número é dividido de uma maneira proporcional entre os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. As contas são baseadas em dados populacionais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Contudo existe um número mínimo de oito deputados a ser respeitado e o número máximo é de 70 para cada unidade da federação. A fórmula que faz essa conta apresenta algumas distorções que faz com que os Estados com menos população tenham, proporcionalmente, mais representatividade em relação aos estados mais populosos. Roraima é um bom exemplo disso, esse estado tem o menor número de habitantes e é representado por oito deputados, se dividirmos o número de pessoas no estado pelo número de deputados, veremos que a proporção fica de um deputado a cada 49 mil habitantes.
Quais são as funções de um deputado federal?
As funções dos deputados federais podem ser divididas em duas grandes atribuições: legislar sobre assuntos de interesse nacional e fiscalizar a aplicação do dinheiro público arrecadado.
É função da Câmara dos Deputados, por exemplo, discutir a alteração de leis trabalhistas. De uma maneira geral, a Câmara precisa trabalhar em conjunto com o Senado para que este vote e encaminhe a solicitação ao Presidente da República para aprovar ou vetar uma lei ou alteração.
Quando falamos da função de fiscalizador, a Câmara também trabalha com o Senado e com o Tribunal de Contas da União (TCU), para controlar as contas públicas. Para fazer esse tipo de controle os deputados normalmente convocam autoridades do governo ou órgãos vinculados ao poder público para prestar contas e esclarecimentos.
Uma terceira e exclusiva função da Câmara dos Deputados é colocar em discussão o pedido de impeachment (cassação de mandato) do Presidente da República. Em toda nossa história isso só aconteceu uma vez, no governo de Fernando Collor de Mello.
Como é organizada a Câmara dos Deputados?
Como todo órgão público a Câmara dos Deputados respeitam uma hierarquia, o comando da Câmara é feito pela Mesa Diretora, que é composta por sete deputados eleitos entre todos os membros da Casa. É obrigação da Mesa Diretora dirigir os trabalhos legislativos e os serviços administrativos da Casa.
O mandato dos membros da Mesa é de dois anos e não é possível ter nenhuma reeleição. Outra função da Mesa Diretora é a de promulgar junto a Mesa do Senado Federal emendas à Constituição Federal.
O presidente da Mesa Diretora responde em nome da Casa tanto em questões internas quanto em problemas externos, é ele o representante da câmara dos deputados.
Sua principal função é definir os assuntos que serão levados à pauta do plenário. O presidente da Câmara é a terceira autoridade em sucessão presidencial do país, ficando atrás do Presidente e do vice. A secretaria-geral por sua vez assessora a Mesa nos trabalhos legislativos diários, tendo como principal função acompanhar e assessorar as sessões plenárias.
A cada nova eleição, a divisão da Câmara muda em relação aos blocos parlamentares, conforme entram deputados de outros partidos, a Câmara pode ser mais ou menos favorável ao governo federal.
No jogo político que acontece dentro da Câmara, o governo precisa muitas vezes ceder a alguns projetos de interesse da minoria ou fazer acordos para ter suas principais necessidades aprovadas.
E por último, existe dentro da Câmara o Colégio de Líderes, órgão formado por todas as lideranças partidárias da Casa, que tem como objetivo viabilizar a conciliação entre os interesses no caso de impasses.
Os deputados federais do nosso país trabalham no chamado Congresso Nacional durante seus mandatos de quatro anos. São eleitos juntamente com o Presidente da República, os governadores e os deputados estaduais. Os deputados podem concorrer e se reeleger quantas vezes quiserem, já que não existe limite de reeleições.
Esse período de mandato dos deputados é chamado de legislatura. Os deputados exercem as funções atribuídas pela Constituição Federal.
Cada legislatura é dividida em sessões legislativas (cada uma dessas sessões tem duração de um ano) e tem início no dia 2 de fevereiro e é interrompida no dia 17 de julho. No segundo semestre as atividades voltam dia 1º de agosto e é encerrada no dia 22 de dezembro.
A Câmara dos Deputados é composta por 513 deputados federais. Esse número é dividido de uma maneira proporcional entre os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. As contas são baseadas em dados populacionais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Contudo existe um número mínimo de oito deputados a ser respeitado e o número máximo é de 70 para cada unidade da federação. A fórmula que faz essa conta apresenta algumas distorções que faz com que os Estados com menos população tenham, proporcionalmente, mais representatividade em relação aos estados mais populosos. Roraima é um bom exemplo disso, esse estado tem o menor número de habitantes e é representado por oito deputados, se dividirmos o número de pessoas no estado pelo número de deputados, veremos que a proporção fica de um deputado a cada 49 mil habitantes.
Quais são as funções de um deputado federal?
As funções dos deputados federais podem ser divididas em duas grandes atribuições: legislar sobre assuntos de interesse nacional e fiscalizar a aplicação do dinheiro público arrecadado.
É função da Câmara dos Deputados, por exemplo, discutir a alteração de leis trabalhistas. De uma maneira geral, a Câmara precisa trabalhar em conjunto com o Senado para que este vote e encaminhe a solicitação ao Presidente da República para aprovar ou vetar uma lei ou alteração.
Quando falamos da função de fiscalizador, a Câmara também trabalha com o Senado e com o Tribunal de Contas da União (TCU), para controlar as contas públicas. Para fazer esse tipo de controle os deputados normalmente convocam autoridades do governo ou órgãos vinculados ao poder público para prestar contas e esclarecimentos.
Uma terceira e exclusiva função da Câmara dos Deputados é colocar em discussão o pedido de impeachment (cassação de mandato) do Presidente da República. Em toda nossa história isso só aconteceu uma vez, no governo de Fernando Collor de Mello.
Como é organizada a Câmara dos Deputados?
Como todo órgão público a Câmara dos Deputados respeitam uma hierarquia, o comando da Câmara é feito pela Mesa Diretora, que é composta por sete deputados eleitos entre todos os membros da Casa. É obrigação da Mesa Diretora dirigir os trabalhos legislativos e os serviços administrativos da Casa.
O mandato dos membros da Mesa é de dois anos e não é possível ter nenhuma reeleição. Outra função da Mesa Diretora é a de promulgar junto a Mesa do Senado Federal emendas à Constituição Federal.
O presidente da Mesa Diretora responde em nome da Casa tanto em questões internas quanto em problemas externos, é ele o representante da câmara dos deputados.
Sua principal função é definir os assuntos que serão levados à pauta do plenário. O presidente da Câmara é a terceira autoridade em sucessão presidencial do país, ficando atrás do Presidente e do vice. A secretaria-geral por sua vez assessora a Mesa nos trabalhos legislativos diários, tendo como principal função acompanhar e assessorar as sessões plenárias.
A cada nova eleição, a divisão da Câmara muda em relação aos blocos parlamentares, conforme entram deputados de outros partidos, a Câmara pode ser mais ou menos favorável ao governo federal.
No jogo político que acontece dentro da Câmara, o governo precisa muitas vezes ceder a alguns projetos de interesse da minoria ou fazer acordos para ter suas principais necessidades aprovadas.
E por último, existe dentro da Câmara o Colégio de Líderes, órgão formado por todas as lideranças partidárias da Casa, que tem como objetivo viabilizar a conciliação entre os interesses no caso de impasses.
Autor: Daniel Silva de Albuquerque
fonte: http://brasil.thebeehive.org/content/2096/4999
A GEOGRAFIA DE PIERRE GEORGE E A QUESTÃO AMBIENTAL.
Pierre George foi um geógrafo francês que tentou mudar alguns aspectos teóricos e metodológicos de sua ciência com o movimento denominado Geografia Ativa. Tendo o marxismo como referência epistemológica e o espaço como principal conceito, George antecipou algumas questões importantes ao problemática ambiental: eis o tema do presente artigo.
clique aqui para baixar.
Como funciona o sistema político brasileiro?
Publicado por:
Tiago Dantas
Participar do processo político e poder eleger seus representantes é um direito de todo cidadão brasileiro. No entanto, a grande maioria da população vota em seus candidatos sem a mínima noção de como funciona o sistema político em questão. Como sabemos, o Brasil é uma república federativa presidencialista. República, porque o Chefe de Estado é eletivo e temporário; federativa, pois os Estados são dotados de autonomia política; presidencialista, porque ambas as funções de Chefe de Governo e Chefe de Estado são exercidas pelo presidente.
O Poder de Estado é dividido entre órgãos políticos distintos. A teoria dos três poderes foi desenvolvida por Charles de Montesquieu em seu livro “O Espírito das Leis” (1748). Baseado na afirmação de que “só o poder freia o poder”, o mesmo afirmava que para não haver abusos, era necessário, por meios legais, dividir o Poder de Estado em Executivo, Legislativo e Judiciário. No Brasil, esses são exercidos respectivamente, pelo presidente da república, Congresso Nacional e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O Executivo possui a função de fazer as leis funcionarem. O presidente pode votar ou sancionar leis criadas pelo Legislativo, editar medidas provisórias, etc. O Legislativo é responsável por idealizar as leis e julgar as propostas do presidente. O parlamento brasileiro é bicameral, ou seja, é composto por duas “casas”: a Câmara dos Deputados e o Senado. Qualquer projeto de lei deve primeiramente passar pela Câmara e depois, se aprovado, pelo Senado. O Poder Judiciário deve interpretar as leis e fiscalizar o seu cumprimento. O mesmo é composto por 11 juízes, escolhidos pelo presidente e aprovados pelo Senado.
FONTE:http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/politica/como-funciona-sistema-politico-brasileiro.htm
Crise Política Brasileria
Crise política brasileira deixa ONU em alerta
Ban Ki-moon pede 'soluções harmoniosas' para evitar contaminação das democracias da região Do R7
Secretário-geral da ONU alertou para a crise política brasileira
Antonio Cruz/29.03.2016/Agência Brasil
— Por enquanto, esse é um problema político doméstico. Mas o Brasil é um País muito importante e qualquer instabilidade política no Brasil é uma preocupação social para todos nós.
Em seguida, Ban Ki-moon faz um apelo aos líderes políticos brasileiros — o primeiro direcionado ao Brasil desde que assumiu o comando da ONU, há quase dez anos, e atitude muito rara da entidade.
— Peço que os líderes adotem soluções harmoniosas e tranquilas. Sei que é um desafio que o País vive. Mas acho que vão conseguir superar.
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O estado de alerta da entidade tem um motivo principal: a possibilidade de a instabilidade política brasileira se alastrar para outras democracias recentes — e mais frágeis — da América Latina.
Uma semana atrás, a ONU rompeu o silêncio e fez um alerta para a crise política brasileira. A entidade, em um apelo tanto para os membros do Governo federal como para os integrantes de outros partidos políticos, disse esperar que os políticos brasileiros "cooperem totalmente" com o Judiciário nos supostos escândalos de corrupção — chamada de "corrupção de alto nível" pela entidade.
A ONU pediu ainda que os políticos brasileiros evitem "quaisquer ações que possam ser vistas como um meio de obstruir a Justiça". Ao mesmo tempo, reivindicou ao Judiciário uma atuação "dentro das regras do direito doméstico e internacional, evitando adotar posições político-partidárias".
A cúpula da ONU cobra todos os agentes políticos brasileiros ao destacar os "debates cada vez mais politizados e acalorados" dos últimos meses no Brasil. A entidade ressalta um risco de "um sério dano de longo prazo para o Estado e para as conquistas democráticas feitas nos últimos 20 anos nos quais o Brasil tem sido governado sob uma Constituição que dá fortes garantias de direitos humanos".
Fonte: http://noticias.r7.com/brasil/crise-politica-brasileira-deixa-onu-em-alerta-30032016
segunda-feira, 21 de março de 2016
sexta-feira, 11 de março de 2016
Áreas Urbanizadas Segundo o IBGE.
Áreas Urbanizadas
O IBGE disponibiliza para download o produto Áreas Urbanizadas do Brasil - 2005. Tal produto refere-se ao mapeamento (vetorização) de áreas urbanizadas a partir de imagens de satélite CBERS-2B em escala de 1:100.000.
O objetivo deste produto é retratar o estágio de urbanização no território brasileiro na década de 2000. A data da maioria das imagens que serviram de base para o mapeamento está compreendida entre os anos de 2005 e 2007.
As manchas urbanizadas foram classificadas em três categorias: muito densa, densa e pouco densa. As manchas muito densas normalmente correspondem às áreas centrais de grandes aglomerações urbanas, caracterizando-se por um adensamento acentuado das construções, com presença de verticalização e quase ausência de solo não impermeabilizado.
As manchas classificadas como densas caracterizam-se por uma ocupação urbana contínua, baixa verticalização, com predominância de casas, com pouco espaçamento entre as construções, porém, com maior presença de solo não impermeabilizado.
As manchas classificadas como pouco densas caracterizam-se pela presença de feições urbanas (ruas, quadras, etc.), porém com uma ocupação esparsa. As manchas poucos densas podem representar loteamentos ainda em processo de ocupação ou uma transição entre a paisagem urbana e a paisagem rural, situando-se geralmente nas bordas das manchas densas. Também há casos onde são encontradas manchas pouco densas em pequenas ocupações isoladas, como, por exemplo, sedes de distritos municipais.
O produto está dividido em três conjuntos:
a) Áreas urbanizadas das grandes aglomerações urbanas brasileiras:
Tal conjunto foi utilizado como a unidade urbana básica da pesquisa Região de Influência das Cidades – REGIC (2007). Essas unidades agregam todas as aglomerações urbanas ou municípios isolados com população superior a 350 mil habitantes no ano 2000 e foram identificadas a partir de critérios de coesão territorial, medidos através do deslocamento de pessoas para trabalho e estudo (Censo Demográfico 2000), e da identificação de conurbação das áreas urbanizadas.
Tal conjunto foi utilizado como a unidade urbana básica da pesquisa Região de Influência das Cidades – REGIC (2007). Essas unidades agregam todas as aglomerações urbanas ou municípios isolados com população superior a 350 mil habitantes no ano 2000 e foram identificadas a partir de critérios de coesão territorial, medidos através do deslocamento de pessoas para trabalho e estudo (Censo Demográfico 2000), e da identificação de conurbação das áreas urbanizadas.
b) Manchas urbanizadas dos municípios da Zona Costeira do Brasil.
Neste conjunto estão mapeadas as manchas urbanizadas dos municípios costeiros definidos pelo Anexo A do Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro II (Lei 7.661 de 16/05/1988). Essas manchas foram utilizadas em mapas do Atlas Geográfico das Zonas Costeiras e Oceânicas do Brasil (IBGE, 2011), retratando o estado da urbanização da zona costeira brasileira.
Neste conjunto estão mapeadas as manchas urbanizadas dos municípios costeiros definidos pelo Anexo A do Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro II (Lei 7.661 de 16/05/1988). Essas manchas foram utilizadas em mapas do Atlas Geográfico das Zonas Costeiras e Oceânicas do Brasil (IBGE, 2011), retratando o estado da urbanização da zona costeira brasileira.
c) Manchas urbanizadas dos municípios com mais de 100.000 habitantes.
Neste conjunto foram vetorizadas as manchas urbanizadas dos municípios com mais de 100.000 habitantes, de acordo com a estimativa de população do IBGE para o ano de 2005.
Neste conjunto foram vetorizadas as manchas urbanizadas dos municípios com mais de 100.000 habitantes, de acordo com a estimativa de população do IBGE para o ano de 2005.
Cabe lembrar, por fim, que a repetição de alguns polígonos ocorrerá sempre que um mesmo município pertencer, ao mesmo tempo, a mais de um conjunto.
http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geografia/geografia_urbana/areas_urbanizadas/default.shtm?c=8
quarta-feira, 9 de março de 2016
Manifesto Comunista
Uma obra de Karl Marx e Friederich Engels, mostra sua ideia para uma sociedade igualitária, em busca de um bem comum e equilíbrio de uma população, Publicado pela primeira vez em 21 de fevereiro de 1848, é historicamente um dos tratados políticos de maior influência mundial.
A crise no capitalismo
por Jackson Cardoso
A História das Coisas e Obslecência Planejada
o funcionamento do capitalismo e como as Corporações manipulam governos e pessoas para consumirem cada vez mais.
A historia das coisas revela a ideologia por trás do consumismo e a causa das grandes diferenças sociais.A história das coisas mostra também o porquê da nossa sociedade produzir tanto lixo e destruir o meio ambiente.
a sociedade de consumo nos induz a consumir o tempo todo e desejar novos
produtos para substituir os que já temos -- seja por falha, por haver
novas tecnologias ou simplesmente porque saíram de moda. O documentário A
história secreta da obsolescência planejada diz que nossa necessidade
de consumir é alimentada a todo momento por um duo infalível:
publicidade e obsolescência.
terça-feira, 8 de março de 2016
Modelo de Trabalho Escrito
E.M.E.F. PAULO SARASATE
GEOGRAFIA
PROFESSOR: JACKSON CARDOSO
AN0:_____TURMA:____
TEMA
RELAÇÃO NOMINAL EM ORDEM ALFABETICA
MARANGUAPE
2016
SUMÁRIO
TEXTO
1_________________________________________2
TEXTO
2_________________________________________3
TEXTO
3_________________________________________4
REFERENCIAS_____________________________________5
TEXTO 1
REFERÊNCIAS
WWW.GEOGRAFIAATIVAPORJACKSON.BLOGSPOT.COM
<ACESSADO EM 00/00/00>
segunda-feira, 7 de março de 2016
A Geografia Cultural e a Geografia Humanística

A geografia humana estuda a repartição dos homens, de suas atividades e de suas obras na superficie da terra, e tenta explicá-la pela maneira como os grupos se inserem no ambiente, o exploram e transformam; o geógrafo debruça-se sobre os laços que os indivíduos tecem entre si, sobre a maneira como instituem a sociedade, como a organizam e como a identificam ao território no qual vivem ou com o qual sonham. (CLAVAL, 1999:11)
No entendimento das questões humanas, a cultura é primordial. A cultura é mediadora entre o ser humano e a natureza e é o resultado da comunicação no grupo, na sociedade. Essa comunicação feita de palavras articula-se no discurso e realiza-se na representação (este é um aspecto fundamental da geografia). É essa cultura que permite aos grupos e aos individuos projetarem um futuro, idealizar uma construção comum (CLAVAL,1999).
No histórico da Geografia Cultural podem ser delineados alguns fundamentos e pensadores que construiram a proposição.
Na geografia alemã Friedrich Ratzel (1844-1904), reconhece na cultura as adaptações e dominio de técnicas para com o meio. Sua análise é sobre os materiais, os artefatos utilizados pelo ser humano em sua relação com o meio. O norte americano Carl Sauer (1889 ? 1975) também vê a cultura como o conjunto de artefatos que permite ao ser humano dominar e interagir com a natureza, mas vai mais longe: a cultura também é composta pelo conhecimento do ser humano sobre plantas e animais e da associação destes para tornar a natureza mais produtiva. Paul Vidal de La Blache (1845-1918) também acredita na cultura como aquela que é apreendida através de instrumentos que as sociedades utilizam e das paisagens que modela, no entanto para esse pensador só há sentido em pensar a geografia cultural se tratarmos dos gêneros de vida. La Blache tem a ambição de explicar os Lugares, a partir da interferencia e vivencia humana, e não de se concentrar sobre os seres humanos. Pode-se resumir que a cultura é para os pensadores franceses e alemães aquilo que se interpõe entre o ser humano e o meio e que humaniza as paisagens (CLAVAL, 1999).
Assim, em um primeiro momento a Geografia Humana vê a cultura como fundamental, mas com uma ótica reducionista própria do século XIX, com a ênfase sobre as técnicas, os utensílios e a transformação das paisagens (CLAVAL, 1999).
No inicio do século XX, Pierre Gourou destaca o estudo dos gêneros de vida com as técnicas de sobrevivência dos grupos sobre determinada paisagem. A cultura deixa de ser observada apenas como uma relação entre o ser humano e o meio, passa a ser considerada um ente autônomo (CLAVAL, 1999).
Com a uniformização das sociedades do pós-guerra, toda a análise da Geografia Cultural tem que conter elementos de uma crescente cultura de massa e um papel cada vez mais desgastado das comunidade agrárias e com pouco acesso a técnicas mais aprimoradas de intervenção do meio. Após um primeiro momento de crise da Geografia Cultural em meados do século XX ela ressurge, não mais como uma análise da técnica, pois essa se tornou por demais uniforme, mas sobre as representações sobre os espaços, e sobretudo, das paisagens que até então foram negligenciados (CLAVAL, 1999).
A Geografia Cultural se caracteriza como a experiência que o ser humano têm da Terra, da natureza e do ambiente, estuda a maneira pela qual os homens modelam a Terra para responder às suas necessidades, seus gostos e suas aspirações e procura compreender o(s) sentido(s) ou significado(s) que o ser humano e a sociedade dão à sua relação com o espaço.
O professor Paul Claval procura em todos os seus textos indicar as origens e as reflexões da Geografia Cultural, e mais ainda, procura possibilitar o entendimento de que a Geografia Cultural pode, e deve ser, uma proposta constante de pesquisa. Entendo que essa pesquisa nem sempre precisa ser aquela observada com os fins cientificistas da academia e pode ser aplicada ao trabalho cotidiano de pesquisa na escola.
Da análise das técnicas e dos procedimentos de alterações e de sobrevivência dos grupos, na década de 1960 a evolução da Geografia Cultural vai dar atenção às percepções que os individuos e os grupos têm do espaço, valorizando assim aspectos humanistas, ao ponto de delimitar o individuo em sua investigação criando uma Geografia Humanistica (com autores como Yi-Fu Tuan e Éric Dardel). Essa linha de pensamento institui, a partir da fenomenologia e do existencialismo (filosofias do significado), um modo de pesquisa e conceitos com base no vivido e experiênciado nos lugares (reforça inclusive o termo Lugar até então relegado ao sentido de localização espacial).
Pode-se estender a Dardel, que introduz a idéia de "geograficidade" que trata do "ser-no-mundo" e não do "ser-no-espaço", não se refere ao espaço somente como algo construído, ele se refere-se ao espaço que tem um horizonte, um modelado, cor, densidade..., ele é sólido, líquido ou aéreo, largo ou estreito: ele limita e ele resiste (DARDEL apud HOLZER, 1997). A idéia de "mundo" pode ser vista na geografia humanista como "[...]a percepção é sempre percepção da coisa total, compreendida num campo mais amplo, o qual por sua vez, é abrangido em um horizonte de significados mais distantes. O conjunto desse complicado sistema de sempre mutáveis significados "próximos" e "longínquos" ligados aos sempre mutáveis momentos de atualidade e potencialidade da percepção, eis o que se chama "mundo" na fenomenologia" (LUIJPEN apud HOLZER, 1997, p.80).
Só há algumas décadas o termo "Geografia Humanista" foi extensamente usado em literatura geográfica, e suas conotações são muitas (TUAN, 1980 e 1983; DEL RIO & OLIVEIRA, 1999). O que pode ser entendido debaixo deste termo varia de um país ou tradição de idioma a outro, e em alguns casos, as condições "social", "cultural", e "humanista" é virtualmente intercambiável. Alguns enfatizaram atitudes humanas e valores, outros o patrimônio cultural; alguns enfocaram nas estéticas de paisagem e arquitetura, outros no significado emocional de lugar em identidade humana. Também, um número significativo defendeu a compaixão humana e o compromisso na resolução de "problema-lembranças" sociais ou ambientais. Horizontes globais acenam uma preocupação difundida sobre a humanidade e a terra, o registro chocante de destruição ambiental e transformações radicais da cultura e da política (BUTTIMER, 1990).
Nas décadas de 1970 e 80, a reflexão da Geografia Cultural reforça o sentido do Lugar e seu papel na espacialidade humana. Nesse sentido a representação do espaço, principalmente a literária (pois a cartográfica e as artes visuais há muito já tinham essa preocupação), passa a ser estudada por vários grupos de estudos procurando referências sobre o espaço vivido, seja o passado, o presente ou o idílico. É importante lembrar que as significações religiosas sobre os espaços passam a interessar definitivamente a pesquisa geográfica, as representações e os ritos comportam elementos de uma individualidade e de uma congregação comunitária que até então estavam relegados.
Nesse atual contexto de inicio do século XXI, a Geografia Cultural se interpõe como um diferencial e como essencial na explicação da sociedade. Seja por sua reflexão no conceito de cultura, que hoje, graças a antropologia passa a ser mais detalhado em seus aspectos fundamentais, sobretudo pelo aprimoramento dos métodos da pesquisa cientifíca (qualitativa).
Em uma tentativa de discorrer mais sobre o papel da Geografia Cultural e da chamada Geografia Humanista (que amplia o entendimento a uma dimensão do individuo) é preciso referenciar aos aspectos fundamentais dessa área de conhecimento
Corpo, Relações Pessoais e Valores Espaciais
Apesar das diferenças entre as culturas, existia uma uniformidade em medir o espaço, o homem é a medida de todas as coisas. O homem como resultado de sua experiência com seu corpo e com outras pessoas, organiza o espaço a fim de conformá-lo a suas necessidades biológicas e relações sociais. Dominar o espaço e sentir-se à vontade nele, significa que os pontos referenciais e as posições cardeais, correspondem a intenção e às posições do corpo humano.
Além das polaridades vertical-horizontal e alto e baixo, a forma e a postura do corpo humano definem o seu ambiente espacial como frente e atrás e direita e esquerda. O espaço frontal é basicamente visual, por isso é claro e objetivo, iluminado e límpido, é nítido e muito maior que o espaço de trás, que só podemos experienciar através de sentidos não visuais. A frente é o claro e o bom, atrás é o posterior profano. Os seres inferiores permanecem atrás e na sombra. Menos perceptível mas não menos importante direita e esquerda representam também espacialidades distintas. Não são tão diferentes como frente e trás ou alto e baixo mas trazem toda uma gama de definições culturais atribuídas a uma e a outra (TUAN, 1983).
Em sentido literal, o corpo humano é a medida de direção, localização e distância. Os termos usuais na localização de objetos como "esta sobre" ou "sob a" determinam um interesse imediato acerca de determinado objeto e por isso identificam rapidamente o objeto em relação ao nosso corpo. Palavras que denotem preposição espacial em muitos idiomas e culturas representam partes do corpo (TUAN, 1983).
O centro é onde vivemos ou ainda que consideramos mais importante, tem o prestígio de ser lembrado como a terra natal, o lugar central ou ainda o centro do mundo (TUAN, 1983).
Espaciosidade está intimamente associada com a sensação de estar livre. Liberdade implica espaço; significa ter poder e espaço suficientes onde atuar. Transcender uma condição sobre o espaço é locomover-se. As máquinas e os equipamentos ampliam a sensação de espaço do homem (TUAN, 1983).
A velocidade que dá liberdade ao homem altera a sua percepção do espaço. Pense em um avião a jato, ele cruza o continente em poucas horas; no entanto, a experiência dos passageiros com a velocidade e o espaço é provavelmente menos nítida do que a de um motociclista que desce ruidosamente uma auto-estrada. Os passageiros não têm controle sobre a máquina e não podem sentí-la como uma extensão de seus poderes corporais (TUAN, 1983).
É preciso ter claro que o sentido de espaço é mais abstrato do que o de lugar. O que começa como espaço indiferenciado transforma-se em lugar à medida que o conhecemos melhor e dotamos de valor e significado. Pode-se definir o lugar como objetos no espaço onde fixamos nossa atenção. Olhamos uma paisagem e nosso olhar se detém em pontos de interesse. Esses pontos são experimentados pela nossa percepção, mesmo quando não sentimos inteiramente esse reflexo de nossa experimentação as paradas existem, emolduram-se pontos de interesse no nosso consciente (TUAN, 1983).
Enquanto o lugar tende a ser aquele que nos dá segurança, o espaço é a liberdade, estamos essencialmente ligados ao primeiro e desejamos o segundo. Para um novo morador, o bairro é a princípio uma confusão de imagens; lá fora é um espaço embaçado. Aprender a reconhecer o bairro exige a identificação de locais significantes, como igrejas, comércios, praças e outros pontos que passaram a ser referenciais ao novo morador. (TUAN, 1983)
Os lugares nem sempre são visíveis, podem se fazer visíveis através dos meios onde há "rivalidade ou conflito com outros lugares, proeminência visual e o poder evocativo da arte, arquitetura, cerimônias e ritos" (TUAN, 1983:197).
Os lugares somente se tornam mais reais através da ação do homem, o local se fortalece enquanto lugar pela "dramatização das aspirações, necessidades e ritmos funcionais da vida pessoal e dos grupos " (TUAN, 1983:196).
Pode-se definir o lugar como objetos no espaço onde fixamos nossa atenção. Olhamos uma paisagem e nosso olhar se detém em pontos de interesse. Esses pontos são experimentados pela nossa percepção, mesmo quando não sentimos inteiramente esse reflexo de nossa experimentação as paradas existem, emolduram-se pontos de interesse no nosso consciente. (TUAN, 1983)
A Paisagem também assume uma dimensão do percebido, do vivido, assim a paisagem se define como espaço "ao alcance do olhar", mas também a disposição do corpo; e ela se reveste de significados ligados a todos os comportamentos possíveis do sujeito. O ver amplia-se para o poder (COLLOT, 1990).
A paisagem é tudo o que vemos, o que nossa visão alcança. Aquilo que é percebido pelos sentidos. É um quadro com objetos congelados, marcados um instante no espaço, mas ao mesmo tempo ela tem movimento, é um amontoado de tempos e de interferências. A paisagem somente é possível através da percepção, e a percepção é um processo seletivo - isto porque temos sistemas de valores diferentes.
O termo ambiente pode ser definido como: "As condições sob as quais qualquer pessoa ou coisa vive ou se desenvolve; a soma total de influências que modificam ou determinam o desenvolvimento da vida ou do caráter." (TUAN apud HOLZER, 1997).
Chatelm nos ensina que " Meios e paisagens são formados desses objetos que todo mundo pode ver, que alguns estudam. e que todos utilizam de diversas maneiras: as árvores e as terras, as rochas e as colinas... Pensar os meios e as paisagens, é empreender a reunificação ou de colocar todas as atitudes que se pode adotar, em face destes objetos, para perceber, compreender, sentir e se exprimir" (CHATELIN apud HOLZER, 1997, p.81).
O conceito de meio ambiente amplia a escala: o "meio" é mais amplo do que o "ambiente" onde se considera apenas o suporte físico e os objetos, ou traços, que o identificam, sendo reservado ao homem o papel de espectador: o que percebe, compreende, sente (HOLZER, 1997).
O Meio Ambiente denota, além de suporte físico as marcas do trabalho humano, onde o homem, não como mero espectador, imprime aos lugares onde vive. Sinaliza também o potencial que o suporte físico, a partir de suas características naturais, tem para o homem que se propõe a explorá-lo e vivenciá-lo. Corresponde a um dos conceitos caros à geografia: paisagem (HOLZER, 1997).
Referências
BUTTIMER, Anne. Geografia, humanismo e preocupação global. Texto traduzido de: Geography, humanism, and global concern. In: Annals of the Association of American Geographers, 80 (1), 1990, pp 1-33.
CASSETI, Valter. A ideologia da modernidade e o meio ambiente. Boletim Goiano de Geografia, n. 15 (1), p. 17-34, jan./dez. 1995.
COLLOT, Michel. Pontos de vista sobre a percepção das paisagens. Boletim de Geografia Teorética, Rio Claro, SP. n. 20 (39): p.21-32, 1990.
CLAVAL, Paul. Geografia cultural. Florianópolis: Ed. da UFSC, 1999.
HOLZER, Werther. Uma discussão fenomenológica sobre os conceitos de paisagem e lugar, território e meio ambiente. Revista Território, ano II, n. 3, jul./dez., 1997
TUAN, Yi-Fu. Topofilia. São Paulo: Difel, 1980.
TUAN, Yi-Fu. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. Tradução Lívia de Oliveira. São Paulo: Difel, 1983.
RIO, Vicente del; OLIVEIRA, Lívia de.(org.) Percepção Ambiental: Experiência Brasileira. São Carlos, São Paulo: Nobel e Editora da Universidade Federal de São Carlos, 1996.
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